| Que a PAZ e a ALEGRIA estejam em seu coração! Além de um Canal da Graça, seja também um Canal de Amor que vem do céu... O "Canal de Amor" surgiu durante uma reunião de oração do nosso ministério onde experimentávamos o Amor de Deus. Em um sábado à noite estávamos reunidos apenas para orar a Deus e glorificá-lo. Foi, então, que comecei a sentir um AMOR estranho... Um AMOR grande, amplo, que não cabia nem em mim. Estranho, não é? |
Onde já se viu alguém se sentir tanto amado, tanto, tanto, a ponto de não lhe caber mais amor, da gente não saber mais onde colocar esse amor pra não derrubar ou perdê-lo?!?! Comecei a me sentir incomodada. Deus, em meu coração, começou a pedir: Ama!!! Ama!!! Na minha inocência respondi: Claro, Senhor... Eu amo, sim! Amo-O acima de todas as coisas, amo os que estão próximos a mim, amo minha família... Claro que amo. E o Senhor continuou: Ama!!! Ama!!! Mas, Senhor, eu amo. Sem saber do que se tratava, continuei a orar e pedir ao Senhor que me revelasse o que Ele queria. Foi, então, que comecei sentir uma solidão imensa e um aperto no coração e comecei a chorar e me sentir abandonada. Comecei a lembrar de uma visita que fiz a um asilo durante a faculdade. Lembrei-me daqueles meus irmãos mais velhos que sofriam por estarem sozinhos naquele lugar sem ter com quem conversar, sem ter para quem contar suas aventuras, suas fantasias, sem ter para quem ensinar lições de vida e começar a contar aquelas longas histórias de "Na minha época...". Louvado seja Deus! Durante nosso momento de partilha, mais 3 irmãs do Ministério, Dani, Marcele e Lílian, confirmaram o mesmo, só que em outro local: no Orfanato. Graças a Deus! Recebemos com Alegria e muita PAZ esse chamado. Então surgiu a primeira dúvida: O que vamos fazer nesses lugares, diante dessas pessoas??? Ficou muito claro o que o Senhor queria de cada um de nós. Fomos feitos à Sua imagem e semelhança. E se Deus é amor, nós somos amor também. Simplesmente amar a cada um deles como nunca foram amados. Deixar que Deus os amem através de cada um de nós em simples gestos de amor e carinho. No livro "Jovens em Renovação", do Pe. Alírio, há uma comparação em números de 1 a 100, quanto à necessidade de dar e receber amor. Desde a concepção até os 5 anos, a criança tem 100% de necessidade de receber amor e 0% de necessidade de dar amor. Dos 5 aos 10 anos, a criança tem 90% de necessidade de receber amor e só 10% de necessidade de oferecer amor. Dos 10 aos 15 anos, tem 75% de necessidade de receber e 25% de dar amor. Dos 15 aos 18 anos, tem 65% de necessidade de receber e 35% de dar amor. Já dos 18 aos 23 anos, tem 55% de receber e 45% de dar amor. Após isso, o jovem passa pela linha dos 50% que marca a maturidade afetiva, isto é, agora a sua maior necessidade é de dar amor. E assim, com o passar do tempo, vai diminuindo cada vez mais essa necessidade de receber e aumentando a necessidade de dar amor. Claro que é de acordo com o amor recebido de seus pais, familiares e amigos durante toda a vida. Parece que agora ficou óbvio! Num orfanato, a nossa obrigação é de dar esse amor que em nós brota com maior intensidade do que naquelas crianças. E mesmo que essas crianças sejam mais velhas que muitos de nós, não receberam amor algum durante sua vida, porque estavam longe de seus pais, parentes e foram abandonadas. As pessoas que trabalham nesses lugares precisam tomar conta de muitas outras crianças, não tendo tempo para dar um amor diferenciado a cada uma. Imagine como devem estar carentes de um abraço, de um beijo, de um carinho ou de um cafuné... Imagine como devem ser sedentas as moças mais jovens para contar sobre sua primeira paquera, sobre seu primeiro beijo, seu primeiro namorado e aí está também a importância da nossa conversa com elas na área da sexualidade e afetividade. Os meninos, na ânsia de achar um "amigão do peito" para jogar um futebol, para ter alguém em quem se espelhar enquanto cresce e se torna homem... O nosso compromisso é de mostrar o Plano de Deus a essas criaturas divinas. Dá para imaginar quantos bandidos estaríamos salvando para Deus? Quantas prostitutas estaríamos santificando através de um simples abraço e de um "EU AMO VOCÊ, IRMÃZINHA" ??? Precisamos amar essas crianças para que se tornem SANTAS e livres do mundo. Precisamos mostrar o caminho do céu antes que o mundo chegue na nossa frente e apresente outros caminhos de vícios, roubos, prostituição, entre outros piores. Já no asilo são tantos velhinhos com vontade de viver e ainda amar... Porque não irmos até lá para recebermos esse amor que sobra neles? Alguns são rancorosos, pois os próprios filhos os deixaram lá sem amor, carinho e não respeitando o final de suas vidas aqui na terra. Alguns nem amor receberam dos seus pais ou filhos, tiveram infância sofrida e são deprimidos, implorando que Deus venha buscá-los logo. Portanto, é um local que talvez precisemos de mais cuidado e preparo, pois teremos que ouvir histórias tristes e saber como animá-los e amá-los, ouvindo seus conselhos, muitas vezes até não muito bons, e deixar que nos amem da forma que sabem. Ouvir histórias cabulosas, sem começo e sem fim (risos) e muitas vezes não entender nada do que falam por alguma deficiência ou apenas por falta de dentadura. O importante é levar Deus para eles, é levar uma esperança de caminho para o Céu. Uma esperança de viver em santidade, mesmo sendo velhinhos e mesmo estando em cadeira de rodas. Fica claro que o amor constrói, liberta, cura e acalma a alma conduzindo para o Amor Maior, que é Deus. Já iniciamos esse trabalho no Asilo no dia 18 de agosto e tivemos uma experiência maravilhosa, tanto de doação de amor, como de recepção. Aos poucos vamos partilhando nossas visitas com você em futuros artigos e gostaríamos que você partilhasse a sua também para assim crescermos juntos AMANDO sempre!!! Fica com Deus!
Alegria e PAZ pra sua vida! Andressa Amaral
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