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Tocar e cantar: dom ou necessidade?

Olá, prezado irmão músico Católico Apostólico Romano!

Estou aqui para partilhar mais um pouquinho de minhas idéias contigo (você pode discordar, se quiser, ok?... rs), mas antes eu gostaria de te perguntar: o que é ser músico católico para você? Já respondeu? Que bom! Não conseguiu responder? Hummmmnnnn...

Bom, pode pensar um pouco, sem problemas. Quero apenas expor algumas situações que muitas vezes ocorre em nossas Igrejas, quando pessoas que mal sabem falar, se passam por cantores e quando cantores guardam seu talento para si próprio (quando as pessoas se calarem, as pedras falarão). Isso vale também para instrumentistas. Em alguns casos vejo realmente a necessidade justamente por não ter quem o faça, mas muitas vezes a coisa parte para outros lados. Música é um dom dado por Deus e deve ser utilizada para render louvores a Ele, mas eu questiono: como alguém que não tem esse dom pode utilizá-lo? Como alguém que mal identifica o tom de uma música pode cantá-la? Ou como alguém sem ritmo pode ajudar em teu ministério?

Eu pergunto novamente: você confiaria teu carro a alguém que não sabe dirigir direito ou que não consegue diferenciar uma certa placa de sinalização de outra?

Tem coisas nessa vida que não consigo entender: temos diversidades de dons dentro da Igreja, todos servindo para um bem comum, mas temos pessoas que cantam ou tocam mesmo sem ter o dom, fato este que não vejo com pregadores ou até mesmo em outros ministérios. Ninguém se arrisca a colocar uma pessoa que de repente vai fazer “lambança” ao pregar (por não ser aquela a sua praia), como não vão colocar ninguém no ministério de Cura e Libertação se aquele não for o seu dom. Infelizmente nos falta ainda a sinceridade e a coragem de dizer a esse nosso irmão que esse não é o seu dom, o seu talento, simplesmente por medo de magoar ou por ser essa pessoa muito querida do coordenador ou do padre. Não dá para brincarmos com esse ministério, pois é ele quem muitas vezes “atrai” as pessoas até Deus. Não dá para oferecer a Deus qualquer coisa, temos que dar a Ele o melhor, sendo que o melhor não se remete simplesmente a músicos tecnicamente excepcionais e sim a músicos que conseguem aliar sua técnica à unção. Não dá para oferecer uma música mal ensaiada, uma guitarra mal tocada ou desafinada, um canto desafinado e sem ritmo ou um músico que toca tudo e mais um pouco com um coração vazio.

Deus age através de seu talento, não se esqueça disso. Mas use esse talento sem moderação para Deus. Dê o seu melhor e não se esqueça de que as pedras falarão se você se calar. Talvez não houvesse aquele irmão desafinado cantando naquela missa se você assumisse o teu talento. E não se preocupe se você é desafinado ou não toca, nossa Igreja precisa de ti para muitas outras tarefas tão valiosas quanto estar tocando ou cantando. Cuidar da casa de Deus, independente da função, é algo tão precioso quanto estar lá para tocar ou cantar. Para que um “espetáculo” aconteça, várias pessoas tem que estar por trás, sem aparecer, e seu serviço é tão importante quanto o dos artistas que lá se apresentam.

Um grande abraço e fique na paz do Senhor.

Santa Cecília, rogai por todos nós (afinados e desafinados).
Amém!

Almir Santana Rios
almir@canaldagraca.com.br

 

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