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Posso ser fã e pedir autógrafos?

Muitas pessoas já me pararam para perguntar se é certo ou não pedirmos autógrafos para um músico, artista ou personalidade católica... Outras até me questionam se é certo também, nestes casos, sermos “fãs” de alguém... Analisemos, então, estas questões!

Tendo como base nosso velho amigo dicionário, vejamos:

* - indivíduo que tem e/ou manifesta grande admiração por pessoa pública (artista, político, desportista, músico, etc);

* autógrafo - ato de autografar; escrito pela própria mão; escrito autógrafo, um original.

Poxa?! Será que não criamos uma concepção errada destas palavras? Nós acabamos associando-as SOMENTE ao mundão, SOMENTE aos artistas seculares, SOMENTE à música “não religiosa” e isso está errado! O próprio Papa João Paulo II em sua carta aos artistas (1999) nos pediu claramente para não termos medo e nem vergonha de sermos “artistas de Deus” e de nos intitularmos desta maneira para que a evangelização cresça!

Já ouvi muita personalidade católica dizer por aí que tirar foto e dar autógrafo para um fã alimenta a idolatria! Mas quando não tira a foto ou não dá o autógrafo, os mesmos são taxados de metidos e estrelas, não é verdade?

Sendo assim, não há problema algum de eu continuar sendo fã da Banda Anjos de Resgate, da cantora Adriana, do Padre Fábio de Melo ou até mesmo do Papa! São pessoas públicas (católicas evangelizadoras, mas PÚBLICAS)! Não há também problema algum em tirar fotos, pedir ou dar um autógrafo (colocar o próprio nome com ou sem dedicatória) para qualquer que seja a pessoa...

Deixo você com um pedacinho do livro “As Tentações do Músico”, de Martín Valverde, que reflete de uma maneira muito interessante este nosso tema:

“Foi em nossa primeira viagem ao México (1984), que os rapazes da banda e eu nos encontrávamos diante de pessoas que queriam autógrafos. Aconteceu no final de um show para adolescentes. Muitíssimos deles, em sua grande maioria, literalmente, vieram em cima de nós pedindo autógrafos, e ainda que cruzássemos olhares de “SOS” nada pudemos fazer senão dá-los. Quando tudo terminou, nos reunimos em uma espécie de conselho de guerra para achar uma solução para o que então percebíamos como um problema.

Estávamos de acordo de que não nos havia afetado, porém, sabíamos de sobra que poderia ser uma tentação mais perigosa no futuro.

Naquela noite, em oração diante do Senhor, deixamos claro nosso desejo de não ofender-Lhe. Convencemo-nos de que não havia nada de mal em dar autógrafos, porém decidimos nos proteger, pondo neles nossa marca e selo de músicos cristãos. O acordo final tinha duas partes: a primeira, que a princípio, nos manteríamos mais longe dessa possível tentação, e a segunda, se não houvesse outra saída, então daríamos autógrafos, porém, colocaríamos junto uma citação bíblica. No meu caso, escolhi o Salmo 115,1: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória, por amor de vossa misericórdia e fidelidade". Não falta jovem que me pergunte sobre "esse número" que coloco junto ao meu nome. Eu esclareço que se trata de uma citação bíblica e digo-lhe que a leia, por favor.

Mesmo com todos esses cuidados, procuro sempre estar atento para não perder de vista o limite entre dá-lo e depender deste simples ato para sentir-me realizado como artista!”.

Santa Cecília, rogai por nós!
(OBS.: sou de Santa Cecília, a padroeira dos músicos! Hehehehe)

Rafael de Angeli
rafael@canaldagraca.com.br
Coordenador do Ministério de Música e Artes (RCC) da RP2 (Araraquara-SP e região) - Diocese de São Carlos-SP

 

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