“Nós temos tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto, tanto... Só posso estar agradecido...”. Certamente você já cantou ou já ouviu alguém cantar esta música simples, mas que fala praticamente tudo, em algum grupo de oração, missa ou encontro, não é mesmo? Pois é... No mês de maio tive muitas experiências interessantes e gostaria de fazer uma comparação, para refletirmos, aqui neste artigo!

No começo de 2004, ganhei uma viagem para a Europa! De 15 a 29 de maio pude desfrutar deste presente celeste... Tive a graça de conhecer o Santuário de Fátima e a Comunidade Canção Nova (em Portugal), o Vaticano, as basílicas, igrejas e construções antigas e lindas em Roma (Itália), a paisagem impecável de Paris (França), junto à Catedral de Notre Dame e à Torre Eiffel, entre muitos outros locais simplesmente fantásticos.

Pude realizar mais um dos meus sonhos: conhecer nosso Santo Padre, o Papa João Paulo II, a 20 centímetros de mim (mesmo tremendo mais que uma “vara verde”, consegui tirar uma linda foto dele que você confere aqui... Hehehehehe). Calma! O objetivo deste artigo não é falar sobre minha viagem, mas fazer um paralelo com a música cristã da Europa (países de 1º mundo) com a da América do Sul (países de 3º mundo), onde o nosso Brasil se enquadra. Quando cheguei a Roma, no dia 18 de maio, sem planejar participei de um show no Vaticano (em homenagem ao nosso papa, que estava completando 84 anos de vida) com o GEN ROSSO, ministério de artes (música, teatro e dança) conhecido internacionalmente. Foi emoção atrás de emoção!

Entretanto, visitando várias livrarias católicas nestes três países, só encontrei trabalhos musicais de Padre Zezinho, Irmã Glenda (Espanha) e Gen Rosso. É claro que na Canção Nova encontrei CDs do Dunga, Ricardo Sá, Cleidimar, Eliana Ribeiro, Laércio, etc... Mas nas lojas católicas não há diversidade na música. Os CDs praticamente ficam centralizados nestes três artistas.
Continuando minha incansável “pesquisa musical religiosa” na Europa, perguntei a vários sacerdotes, como a música cristã é difundida neles, se há shows, festivais de música, mostras ou outros afins... E nada! Infelizmente não existe. Existem alguns concertos, como o Gen Rosso, outros pouquíssimos festivais anuais (que quase não participam grupos algum)... E só!

Ei, você! Acorde, artista de Deus!!! Nós temos tanto, tanto, tanto... Temos a faca e o queijo nas mãos... A fé e a razão... A técnica e a unção! O Brasil (e a América do Sul, de uma forma geral, contando com o Uruguai, a Argentina, o Chile, a Colômbia, o Peru, o Equador, a Bolívia, entre outros) tem uma música religiosa que abocanha 30% do mercado fonográfico (você sabia disso?), tem shows, encontros, festivais, mostras de artes que reúnem até dois milhões de pessoas...
Deixe-se agir pelo Espírito Santo (que sopra demais aqui na América, não é mesmo?) e faça do seu ministério mais uma grande obra de evangelização, uma obra de resgate e de bênçãos... Avancemos realmente para águas mais profundas, suscitando nos povos o desejo verdadeiro de quererem ver Jesus!

Pense nisso! Mas aja também... E logo! Aproveite que você é brasileiro(a)... ;-)

Santa Cecília, rogai por nós!

Rafael de Angeli
rafael@canaldagraca.com.br
Coordenador do Ministério de Música e Artes (RCC) da RP2 - Diocese de São Carlos-SP